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Metadados
Título
MEDALHA - CONJUNTO DE MEDALHAS DE LEMBRANÇA DO CENTENÁRIO FARROUPILHA EXPOSIÇÃO PORTO ALEGRE - 1935
Descrição
MEDALHA - CONJUNTO DE MEDALHAS DE LEMBRANÇA DO CENTENÁRIO FARROUPILHA EXPOSIÇÃO PORTO ALEGRE - 1935
BRONZE, COBRE, LATÃO, ALUMÍNIO
OVALADAS
2,2X4,0mm
PESO VARIANDO CONFORME METAL.
Classificação | Found in
3.0 - Repositório Numismático e de Coleções | 3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.4 - Seção Coleção de Medalhas | 3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.4 - Seção Coleção de Medalhas > 3.4.1 - Series Medalhas do Brasil | 3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.4 - Seção Coleção de Medalhas > 3.4.1 - Series Medalhas do Brasil > 3.4.1.1 - Dossier Comemorativas | 3.0 - Repositório Numismático e de Coleções > 3.4 - Seção Coleção de Medalhas > 3.4.1 - Series Medalhas do Brasil > 3.4.1.2 - Dossier Publicitárias
Data | Date
1935
Descrição | Description
CONJUNTO DE MEDALHAS DO CENTENÁRIO FAROUPILHA DE 20 DE SETEMBRO DE 1935
EXPOSIÇÃO PORTO ALEGRE
MEDALHAS OVAIS EM COBRE, BRONZE, LATÃO E ALUMÍNIO
Lembranças do Centenário Farroupilha
A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha foi como ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Ela resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Estendeu-se de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845. Com o passar do tempo o Império do Brasil terminou e a província de São Pedro do Rio Grande do Sul se tornou o Estado do Rio grande do Sul. Conforme Wanderson Oliveira dos Santos no artigo intitulado: A EXPOSIÇÃO DO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA ATRAVÉS DA MÍDIA, disponível nos Anais do Encontro Internacional e XVIII Encontro de História da Anphu-Rio: Histórias e Parcerias de 2018: “A Exposição do Centenário da Revolução Farroupilha (set.1935 – jan.1936) foi idealizada pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL), com o apoio da prefeitura de Porto Alegre e do Governo do Rio Grande do Sul e organização do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), produtor de muitos trabalhos a respeito do tema. Vale ressaltar que Walter Spalding, autor de diversos livros sobre a Revolução Farroupilha, foi o responsável pelo Pavilhão Cultural da Exposição do Centenário Farroupilha que reuniu obras de artistas e colecionadores. Arquitetonicamente, os pavilhões representavam uma tendência do inicio do século XX, baseado no modernismo, já observada na Exposição do Centenário da Independência do Brasil em 1922, no Rio de Janeiro. O Rio Grande do Sul utilizara uma arquitetura característica dessa década na cidade de Porto Alegre para mostrar que estava em compasso com as ideias que povoavam as demais capitais políticas brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo." Decorrido 100 anos da guerra, o governo Rio-Grandense promoveu a Exposição do Centenário Farroupilha ou Exposição Internacional Agrícola e Industrial de Comemoração do Centenário da Farroupilha. Foi a feira mundial ocorrida de 20 de Setembro de 1935 a 15 de Janeiro de 1936 na capital. Uma comissão geral foi instituída pelo governo estadual em 11 de Junho de 1934. Esta deveria tratar da elaboração e execução do projeto. Alguns dos membros foram: José Antônio Flores da Cunha e Dário Brossard representando a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Alberto Bins, como secretário e Mário de Oliveira, como Secretário-Geral. Quanto a isso Santos coloca que: “Tratando da parte logística da Exposição, o evento contou com o apoio econômico da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul e do Centro de Indústria Fabril, além da participação de membros do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRS), grande artífice da construção de um discurso visando valorizar os feitos dos Farrapos. O sucesso do evento pode ser representado nos números: foram 3.080 expositores de sete estados e de setores importantes da economia do Rio Grande do Sul, além da participação de representantes do Uruguai, Paraguai, da Argentina e Itália distribuídos em dezessete pavilhões. A Exposição estava no interior do embate entre Getúlio Vargas, então Presidente da República, e Flores da Cunha, governador do Rio Grande do Sul, e opositor político de Getúlio que vislumbrava centralizar cada vez mais seu poder, relegando os estados a segundo plano. Cunha era contrário a essa centralização, pois entendia ser esse um artifício para a perda de autonomia dos estados perante o governo central. A ocasião do centenário do início da Revolução Farroupilha tomou grandes proporções por todo Estado, principalmente em Porto Alegre, capital estadual. Ao relembrar os feitos dos Farrapos, o Rio Grande do Sul procura se reafirmar como uma unidade com identidade própria, sem cometer o equívoco de ser anacrônico. No mesmo caso, em 1835, observamos uma tentativa de reafirmação dos valores gaúchos, potencializados com os feitos dos Farrapos, na tentativa de nunca deixar cair no esquecimento o evento mais importante do calendário do Rio Grande do Sul, certa afirmação de identidade, sem deixar de imprimir um caráter patriótico no episódio.” medalhas As construções começaram em 1934 no Parque da Redenção. O arquiteto Frances Alfredo Agache foi o responsável pela elaboração e concretização do projeto, que se estendia por mais de 250.000 metros quadrados. Um dos resultados da intervenção foi a troca do nome do Parque. Antigamente Parque da Redenção e agora chamado de Parque Farroupilha. O novo nome se deu logo em seguida da inauguração da exposição. A exposição teve 17 pavilhões internacionais. Nacionais foram 7 e cada qual representando um estado Brasileiro. A presença de expositores atingiu um total de 3.080 estandes. A exposição foi um marco para o estado do Rio Grande do Sul, no sentido de demonstrar os avanços tecnológicos pelos quais o Brasil passava, assim como celebrar a história do povo sul-riograndense. Alguns estados brasileiros tiveram seus próprios pavilhões: Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Amazonas (compartilhados), Minas Gerais e Distrito Federal que era o Rio De janeiro na época. O pavilhão industrial do Rio Grande do Sul esbanjava 14.000 metros quadrados e tinha 905 exibidores. As construções foram construídas em madeira e estuque e posteriormente desmontadas em 1939. Apenas o pavilhão do Pará, que fora feito de alvenaria, restou. Foi destruído em um incêndio em 1970. O estilo arquitetônico predominante era o Art Déco. No pavilhão paraense incorporava também símbolos Marajoara. Os pavilhões internacionais ocupavam 2.000 metros quadrados e empenhavam 177 exibidores. Havia alguns pavilhões temáticos como: agricultura, indústria e viação férrea. Também existiam construções para entretenimento como o cassino, um restaurante e um café. Existiu um parque de diversões com um lago ornado e com docas para pedalinhos, uma Loteria, área para tobogãs e uma montanha-russa. A exposição contou com cerca de um milhão de visitantes, segundo estimativas dos jornais da época, e que, comparado ao tamanho da população de 300 mil habitantes de porto alegre em 1935, representou um grande sucesso.
Fonte | Source
Assunto | Subject
1º CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA - 1935 | EXONÚMIA - FICHAS E MEDALHAS | Fichas ou Medalhas de brinquedo ou publicidade | Medalha | Medalha Comemorativa | Medalha Publicitária | Revolução Farroupilha
ID
MNC2375