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Assunto Vintem

Vintém, palavra derivada de vinteno, através do fenômeno linguístico da contração. Vintena era a vigésima parte de algo. E nesse sentido foi usada para designar uma antiga moeda de valor de 20 réis, correspondendo à vigésima parte do cruzado (moeda de ouro com valor de face de 400 réis). Deixou de ter curso legal em 1942 com o advento do Cruzeiro. Porém o real (réis) passou a ser um sinônimo de cruzeiro.

O vintém de cobre foi cunhado no Brasil de 1693 até aproximadamente 1832. Foram cunhados vinténs de bronze por D. Pedro II do Brasil de 1868 até 1870 e durante a República, de 1889 a 1912. O vintém de cobre produzido no Rio de Janeiro de 1889 até 1912 é facilmente reconhecido por conter em seu reverso os dizeres “vintém poupado vintém ganho.” Os últimos vinténs contendo cobre foram produzidos de 1918 a 1935, em cuproníquel. As datas de cunhagem não correspondem à circulação efetiva das moedas, pois só se cunhava para suprir necessidades monetárias.

Houve também um vintém em prata, cunhado de 1695 a 1699 apenas. Vinténs em ouro nunca existiram, mas houve um famoso Vintém de Ouro, que na verdade era de cobre, valia 37,5 réis, e era usado para comprar 1 vintém (unidade de massa) de ouro na região das Minas Gerais.

Na cultura popular, uma pessoa que está sem nenhum vintém está relativamente sem dinheiro. Também foi frequente a expressão não vale nem um vintém, isto é, não tem valor, vale pouca coisa.

A criação de um imposto de um vintém sobre os preços da passagem de bonde gera um movimento popular conhecida como Revolta do Vintém.

Referências
AMATO, Claudio; NEVES, Irlei S.; RUSSO, Arnaldo (2004). Livro das moedas do Brasil. 1643 a 2004 11 ed. São Paulo: Stampato
Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa 3.0.
Maldonado, Rodrigo (2020). Livro Bentes das Moedas do Brasil 7 ed. Brasil: MBA Editores. ISBN 9788890693342